Trago ao peito expandido
um silêncio que late um cão com raiva.
Raiva
desta caneta que não protege o meu discurso
raiva,
deste papel que me corta a superfície e
maltrata-me quando nua.
Raiva, raiva
da momentânea inutilidade dos amigos,
da cegueira que me abate
da saliva que gagueja.
Eu tenho raiva
desta baba que me escorre os dentes como sangue
do meu bafo ocre
do meu corpo podre
da minha mente sem sanidade sanitária
Raiva
da vacina que me deram
prometendo me curar
domingo, 15 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Poema de minuto
para Dorinha
Nos encontremos aonde nos basta e viremos borboleta.
Já que a morte não nos parece insteressante,
diferentemente das estrelas.
Nos encontremos aonde nos basta e viremos borboleta.
Já que a morte não nos parece insteressante,
diferentemente das estrelas.
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