Céu
e
Desabo
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Assim como Camoniar o que há de bom.
Sinto-me maré
despejada pelo vento
vindo do Além-Mar.
Sinto-me morena,
de um marrom bem carregado,
lenta e arrastada
feito lesma on the highway
despejada pelo vento
vindo do Além-Mar.
Sinto-me morena,
de um marrom bem carregado,
lenta e arrastada
feito lesma on the highway
domingo, 29 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Amo mais do que paçoca
Plano velho novo colorido
E como se fosse
aquele nosso de sermos
correspondidos
como os catões postais
Ana, me manca
deixando-me com ciúmes
deixando-me com ciúmes
por ela
ter tido mais amantes
ter tido mais amantes
do que eu
mas faço do ciúme
uma outra
memória latente
esse ano
foram duas vezes
um quebra dentes
uma outra
memória latente
esse ano
foram duas vezes
um quebra dentes
E como se fosse
presente mal embrulhado
eu me lembro de você
peço um copo de leite e um pão francês
e no emaranhado quântico
agente se ama sem machucar
o ego
sem transformarmo-nos
em eco
nosso elo
de ficção
che, te amo mais do que paçoca
te deixa ser fiel ao nosso jardim,
você sabe,
eu sempre volto...
em eco
nosso elo
de ficção
che, te amo mais do que paçoca
te deixa ser fiel ao nosso jardim,
você sabe,
eu sempre volto...
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Relativas vezes
Olho para a direita
parede branca do meu quarto
onde foi
que eu pendurei
fotos de uma estranha mamografia
estranha, por ser mamas
o vandalismo bruto
desse mundo
Ma-mi-los
parede branca do meu quarto
onde foi
que eu pendurei
fotos de uma estranha mamografia
estranha, por ser mamas
o vandalismo bruto
desse mundo
Ma-mi-los
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Xo from Angie Sax
He tells me about you, Buck and all. We all know he is a drunk, I'm sure. Not sure about shagging like you, Buck; you see Buck, you have a pretty nasty face. I wouldn't fuck you any other way - I can't remember the last I did this sober man, am I sober mamn? I'm not all sure, I always wake up very confused - "Why are you so mean to me", the Bunny lady sings. Buck, I will send him this as a letter so you can hate me some more for making you work. Buck, I send you my regards, the baby will never be born, not to worry. You're as dead as I am mother, Buck.
xoxo
A SX
xoxo
A SX
domingo, 15 de dezembro de 2013
Estilhaços
Like Dylan in the movies
Dona
eu faço no meu tempo
o que faço do tempo
Dona
da minha própria reticência
like a rolling stone
like a rolling stone
Piroca
O piruá
veio a duro fogo
explicar o que
a pipoca esconde
Veio esclarecer
que não é
uma questão de opinião,
Só é
uma questão de opinião
veio a duro fogo
explicar o que
a pipoca esconde
Veio esclarecer
que não é
uma questão de opinião,
Só é
uma questão de opinião
sábado, 14 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
O pinto(r)
Ele olhou assim
bem rente de mim
Tem
muitos tantos outros
olhares,
eu sei
Mas o dele, foi assim
desse jeito
rente de mim
Ao tragar o cigarro,
tudo voltou ao normal:
Envesgou seus olhos
como quem
olha prum ponto só
quando quer pensar
bem rente de mim
Tem
muitos tantos outros
olhares,
eu sei
Mas o dele, foi assim
desse jeito
rente de mim
Ao tragar o cigarro,
tudo voltou ao normal:
Envesgou seus olhos
como quem
olha prum ponto só
quando quer pensar
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Nos Embalos de sábado à noite
Decidi desligar
a te-vê,
o filme,
o livro & a alma
Olhar fagulhas
desta vida branca
O vazio
tem cheiro
à mim
à eu
à útero
no sofá
com o descontrole na mão
desligo o apartamento
e penso
fora da gravidade de todos
os atos
a vida é leve
perto da janela
existo com a suas
cordas vocais
que não me pedem
que eu quebrar os partos
deixa-me sempre em silêncio
como se dentro de nós
existisse uma alma
habitando o silêncio,
mesmo que raro,
de um apartamento
desligado
a te-vê,
o filme,
o livro & a alma
Olhar fagulhas
desta vida branca
O vazio
tem cheiro
à mim
à eu
à útero
no sofá
com o descontrole na mão
desligo o apartamento
e penso
fora da gravidade de todos
os atos
a vida é leve
perto da janela
existo com a suas
cordas vocais
que não me pedem
que eu quebrar os partos
deixa-me sempre em silêncio
como se dentro de nós
existisse uma alma
habitando o silêncio,
mesmo que raro,
de um apartamento
desligado
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Eu nunca soube assobiar
Sabe, é que faz tempo que não paro
em um ponto de acerto.
nem numa bola que roda
muito menos numa reta fazendo o quatro.
Sabe, é que faz tempo que eu bebo
e só sei da diferença
entre bar que aceita vê erre e o bar-co-não.
Se fermenta ou destila
é pro garçom que você deve perguntar.
O mesmo faço eu, mas me aprumo
em conversar outros assuntos, sabe.
Sabe, é que sempre que escurece acende
uma luzinha, assim meio cafona
&
assume o meu fracasso de renunciar
o trono, um trono qualquer
Mrs. Monroe once said: I don't wanna be rich, I just want to be fabulous
É,
sábio é quem sabe
atravessar o samba
assobiando
em um ponto de acerto.
nem numa bola que roda
muito menos numa reta fazendo o quatro.
Sabe, é que faz tempo que eu bebo
e só sei da diferença
entre bar que aceita vê erre e o bar-co-não.
Se fermenta ou destila
é pro garçom que você deve perguntar.
O mesmo faço eu, mas me aprumo
em conversar outros assuntos, sabe.
Sabe, é que sempre que escurece acende
uma luzinha, assim meio cafona
&
assume o meu fracasso de renunciar
o trono, um trono qualquer
Mrs. Monroe once said: I don't wanna be rich, I just want to be fabulous
É,
sábio é quem sabe
atravessar o samba
assobiando
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Muito perto da chuva
meu coração
um tambor voodoo
meu pau-de-chuva
meu ritual urbano
meu computador não resistiu a quatro gotas
e eu no meio desta chuva giro para me molhar com mais decência
os "pingo" da chuva lambe a rua me lambe espinha abaixo no seu vagar entre morrer e me amar
no fundo do barulho de baixo dos toldos dorme o puro medo de escorrer para o esgoto
meu computador não resistiu a quatro gotas
e eu no meio desta chuva giro para me molhar com mais decência
os "pingo" da chuva lambe a rua me lambe espinha abaixo no seu vagar entre morrer e me amar
no fundo do barulho de baixo dos toldos dorme o puro medo de escorrer para o esgoto
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Confesso que confesso
Meu peito é público na víscera da ponte que aponto ao norte, o rebanho vai pro norte.
domingo, 27 de outubro de 2013
Sturm und Drag
Caí na rua,
foi outro dia.
Comecei a chorar...
Romantizo
os passos
tropeço quebrado
rebolo
por de volta
do ralo
se caio
caio com
copo
nas mãos
O amigo riu
de cara lavada
ri também
levantei em
um Sturm
e dei
um drag
foi outro dia.
Comecei a chorar...
Romantizo
os passos
tropeço quebrado
rebolo
por de volta
do ralo
se caio
caio com
copo
nas mãos
O amigo riu
de cara lavada
ri também
levantei em
um Sturm
e dei
um drag
terça-feira, 8 de outubro de 2013
A missa da minha mãe
Os óbvios te serviriam bem
para compreensões
se você não os transformassem
em pareceres tautológico
servidos com alpiste
para o papagaio da vizinha rezar
para compreensões
se você não os transformassem
em pareceres tautológico
servidos com alpiste
para o papagaio da vizinha rezar
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Naked In a Sauna
My bare naked fucking ass/ steaming on the bed/ like Christmas dumplings/ Do not Exit /on my teenage door/ the perks of the unpaid fairy jobs/ blow jobs/ hand jobs and such/ Holy, Holy Molly's Chamber
Driving under the influence
I am gaging on the road.
What in the world could be more trivial than intimacy?
What in the world could be more trivial than intimacy?
sábado, 21 de setembro de 2013
Traição simultanea de um Acrobata ou a espera de alguém que espera
http://www.youtube.com/watch?v=JI5-qGEVZLU
Você é um louco
acrobata
você é a bruxa
e eu sou o
gato
Eu quero ser um pouquinho
que nem você
Espero que não se importe
se o fizer
Eu amo o jeito que teu corpo foi feito
Eu amo o jeito que a sua voz faz sexo
para ser o sussurro entrando em seus ouvidos
eu quero ser a cama
que você
faz
Eu achei que ia morrer
Quem se importa que não sou moralista?
Eu sou apenas
uma mulher
com algum tempo
que sobra
(que sóbria)
Eu quero ser esculpida pelo amor
Eu quero que seja as mãos da vida
Eu amo o jeito que (em que) você caminha
e todas as coisas que você pode enxergar com seus olhos
Ah! ser aquele pensamento longe
Ah! significando, fermentando
on
your
mind
I'm in love
I'm in love
&
achei que ia morrer
achei que ia morrer
Você é um louco
acrobata
você é a bruxa
e eu sou o
gato
Eu quero ser um pouquinho
que nem você
Espero que não se importe
se o fizer
Eu amo o jeito que teu corpo foi feito
Eu amo o jeito que a sua voz faz sexo
para ser o sussurro entrando em seus ouvidos
eu quero ser a cama
que você
faz
Eu achei que ia morrer
Quem se importa que não sou moralista?
Eu sou apenas
uma mulher
com algum tempo
que sobra
(que sóbria)
Eu quero ser esculpida pelo amor
Eu quero que seja as mãos da vida
Eu amo o jeito que (em que) você caminha
e todas as coisas que você pode enxergar com seus olhos
Ah! ser aquele pensamento longe
Ah! significando, fermentando
on
your
mind
I'm in love
I'm in love
&
achei que ia morrer
achei que ia morrer
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Helena em chamas
Foi na década de vinte
as estacas de mulheres
dos dizeres de madeira
de bruxas de calções
e a risada de Helena
calando a pena
de Homero
fazendo tradução
com ironias em chamas
a Filosofia
a Profecia
a Poesia
as estacas de mulheres
dos dizeres de madeira
de bruxas de calções
e a risada de Helena
calando a pena
de Homero
fazendo tradução
com ironias em chamas
a Filosofia
a Profecia
a Poesia
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Urbem sacro
As sacadas geniais são fugidias
As sacadas
eu no morro
vendo o vento
mexer a grama
e apagar bitucas
de cigarros
Na sacada eu miro
as formigas
andando no vento
se escondendo na grana
Na
sacada
eu
não
morro
As sacadas
eu no morro
vendo o vento
mexer a grama
e apagar bitucas
de cigarros
Na sacada eu miro
as formigas
andando no vento
se escondendo na grana
Na
sacada
eu
não
morro
sábado, 14 de setembro de 2013
Emancipadinha
Em cima das mesas
de baixo das cobertas
escondida nas veredas
disritimada nas artérias
alfabetizando criancinhas
emborrachando-se nos bares
rasgando páginas nas livrarias
pulando os degraus das escadarias
cortando tomates por serem vermelhos
esse negócio de crescer deforma meu esqueleto
esse negócio de crescer deforma meu esqueleto
domingo, 8 de setembro de 2013
Turning vices into vicious
The regular colors
in a glass of booze
Eletronic trash
making my time
longer and louder
louder than water
Clocks are symphonies
like the mirror that
the devil gave god
When looked at
humans we are
Music is beat
beep-beep
auto car
into holiness
Today the vice
made me weaker,
tomorrow tenderness
will make me vicious
in a glass of booze
Eletronic trash
making my time
longer and louder
louder than water
Clocks are symphonies
like the mirror that
the devil gave god
When looked at
humans we are
Music is beat
beep-beep
auto car
into holiness
Today the vice
made me weaker,
tomorrow tenderness
will make me vicious
O olho às avessas
Comendo espetinhos
de moscas
que caíram na minha sopa
Em um crunch
eu te mato
e viro besouro
em uma luz qulaquer
de Outono
de moscas
que caíram na minha sopa
Em um crunch
eu te mato
e viro besouro
em uma luz qulaquer
de Outono
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
A língua do Pê
A puta peito
apalpa pinto
e desejo
palpita pêlo
provado
na manhã
de um bocejo
A porta preta
a pata negra
O pelo amor
que vem de Deus
A pura prova
pecado e polêmico
meu principato
andando de lado
o carangueijo
As palmas
peludas
da madrugada
na máquina
pa-ta-pê-ta
da poesia
apalpa pinto
e desejo
palpita pêlo
provado
na manhã
de um bocejo
A porta preta
a pata negra
O pelo amor
que vem de Deus
A pura prova
pecado e polêmico
meu principato
andando de lado
o carangueijo
As palmas
peludas
da madrugada
na máquina
pa-ta-pê-ta
da poesia
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
A tua mulher veio da costela
Se te afinco na costela
é porque lá é onde você
vai ficar nota
por nota
Derixe o ângulo
uno
versado
poeta
menina
a tua mentira
me faz uivar
e dançar prisma
a
a a a
amém
é porque lá é onde você
vai ficar nota
por nota
Derixe o ângulo
uno
versado
poeta
menina
a tua mentira
me faz uivar
e dançar prisma
a
a a a
amém
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
To look into my eyes and tell me lálálá
Me ver
na alta noite
escura
no buraco da montanha
as mãos que tremem
e o ó-cu-los dormente
do seu papo provinciano
que agarra as mãos dela
eu passo sem fingir
que não fui que não vi
fugir
na alta noite
e ver
porque na noite
a morte?
se é tão bom
te ver
envelhecer
na alta noite
escura
no buraco da montanha
as mãos que tremem
e o ó-cu-los dormente
do seu papo provinciano
que agarra as mãos dela
eu passo sem fingir
que não fui que não vi
fugir
na alta noite
e ver
porque na noite
a morte?
se é tão bom
te ver
envelhecer
domingo, 1 de setembro de 2013
Exelscior
Avante ao vestir a gravata
escuto as chaves quebrarem
in the psychiatric ward
ainda tenho tempo de escrever
one more moan
quem sabe lusitano
imitando ninfas recitando
sonetos e as palavras
que gritam
dos companheiros
in the white cube
Avante ao vestir a gravata:
every day is day
to become a coward
Me leve para o hospital
but let him go
home,
like an icing stone
escuto as chaves quebrarem
in the psychiatric ward
ainda tenho tempo de escrever
one more moan
quem sabe lusitano
imitando ninfas recitando
sonetos e as palavras
que gritam
dos companheiros
in the white cube
Avante ao vestir a gravata:
every day is day
to become a coward
Me leve para o hospital
but let him go
home,
like an icing stone
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Ei, testa!
Tá escrito no
espelho:
Quica
que é macumba
e se for me
abandonar eu
te quebro por inteiro
e te
deixo de
presente
sete anos de azar
espelho:
Quica
que é macumba
e se for me
abandonar eu
te quebro por inteiro
e te
deixo de
presente
sete anos de azar
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Rimbaud
Levantei meu rosto ruborizado, diante de toda a beleza. Não consegui se não balbuciar: Eletrocutor, é você?
sábado, 17 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Pernalta
Você já viu como eu ando?
Correndo de lado
botando os bagos pra fora
Correria androgínica
nem sei se a palavra existe
mas o assunto é vivo
e tem pernas longas
ao contrário da mentira
Correndo de lado
botando os bagos pra fora
Correria androgínica
nem sei se a palavra existe
mas o assunto é vivo
e tem pernas longas
ao contrário da mentira
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
O piano do metrô
Hoje cheguei no metrô
e já não tinha mais piano
foi o dia mais frio e triste do ano
e já não tinha mais piano
foi o dia mais frio e triste do ano
terça-feira, 30 de julho de 2013
quarta-feira, 24 de julho de 2013
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Do corpo a revolução
O buraco na porta
da névoa magoa
é no papel branco
que prostituo
o obscuro de mim
sem que na vida
se quer um,
sem desejar morrer,
ouse o toque
toque toque
na madeira a tua sorte
da névoa magoa
é no papel branco
que prostituo
o obscuro de mim
sem que na vida
se quer um,
sem desejar morrer,
ouse o toque
toque toque
na madeira a tua sorte
O Sujeito sem Verbo
Cadeira
lápis
a faca
e o queijo
Cotovelos
bigodes
botas
e botões
máximo
primeiro
terceiro
e salário
Eu
pátio
olhares
fome
e cigarro
Lê e crê:
Esse sujeito me deixou de supetão
com o seu verbo na minha mão
lápis
a faca
e o queijo
Cotovelos
bigodes
botas
e botões
máximo
primeiro
terceiro
e salário
Eu
pátio
olhares
fome
e cigarro
Lê e crê:
Esse sujeito me deixou de supetão
com o seu verbo na minha mão
segunda-feira, 15 de julho de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Os bolsos do Morto
As pencas desses anos que me convidam sempre em maltratar o fígado com doses de cólera, agrupada com os dedos dos pés refletidos em um banheiro nunca esquecido como se ele próprio fosse um altar. Decidida em me abandonar nessa meia idade de duas décadas e um pouco mais, a morte arrogante dos sublimes. Me vejo em pouco pó que em palco irá virar a ladeira da preguiça e entrar na cama arrumada das minhocas que me chamam para morar com elas perto de lascas de madeiras. O amor transformado pelo infinito desejo de se perpetuar como sombra que leva tudo a até as últimas instancias, no haras invertido em cavalos que me ensinaram a dar coices nas palavras mediócres desse homem, título de poesia, dono de muito assombro das noites sangrentas dessa minha vida. Empobrecida eu sei que estou, arrependida de todos os meus clichés vestidos de loucuras, de porres, de mortes, de goles em goles. engole-me por fim, entrega-me tua alma bandido das esquinas em que Caio nas sarjetas que me apanham nessas ainda madrugadas as mesmas em que me amavas mentindo amor, com dor não te deixo cambalear perto do meu chamado coragem. Feroz e covarde o buraco que me cabe desse latifúndio, desses dedos que estupram para apenas lembrar o cheiro de todas as terças-feiras da minha infância. Chego aqui, por frase trocada de pontos finais Reticencias memoráveis essas minhas! se me jogo dessas pontes imaginárias de uma cidade que fede a ele, vou caindo ao abraço desse asfalto. Não sei esquecer-te homem oco, de santas ocas, buracos negros, que o corpo pouco da minha existência transformou-te em mito, edípico. eu mereço cegar-me por nunca saber ter visto.
domingo, 7 de julho de 2013
Felipe Blanco
Ele uiva
tão alto como os edifícios
que me leva para contar
que chorar é tão mais belo que sonhar
eu aqui, tão longe de mim
patética
estética
arrotos a rodo
no quarto do sétimo andar
poeta musicado dessa minha geração
Eu sou sua leitora,
a sua caça
nessa torre de Marfim
&
Eu estou cega numa platéia
&com os ouvidos na sua mão
tão alto como os edifícios
que me leva para contar
que chorar é tão mais belo que sonhar
eu aqui, tão longe de mim
patética
estética
arrotos a rodo
no quarto do sétimo andar
poeta musicado dessa minha geração
Eu sou sua leitora,
a sua caça
nessa torre de Marfim
&
Eu estou cega numa platéia
&com os ouvidos na sua mão
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Cumprimentar a melancolia como uma velha conhecida? Qualé?
É sensatez de mina broxa
isso quié de ser bruxa
Leminski virou pop
e o pop virou papa
de titica de galinha
desbancando o rego
dos 50 tons de cinza
Haikai ni mim
melancolia
que eu te fodo
sim, como minha
velha conhecida
Você vê meu bem?
O V é de várias fita
isso quié de ser bruxa
Leminski virou pop
e o pop virou papa
de titica de galinha
desbancando o rego
dos 50 tons de cinza
Haikai ni mim
melancolia
que eu te fodo
sim, como minha
velha conhecida
Você vê meu bem?
O V é de várias fita
As camas molhadas
Se me perguntam dos meus papéis burocráticos
respondo com muito ar de propriedade
que minhas gavetas de escritório
são pautadas
com as linhas tortas
abandonadas
por Deus
que me pague
a identidade
de não saber quem sou
deitada olhando pro teto
em uma cama de amônia
que me da caráter e cheiro
de uma verdade além de ternos e gravatas
O suicídio é sucinto
e breve como a voracidade
de se entender por gente
ajoelhado na igreja em chamas de pecado
Se me perguntam de mim nessa cidade
digo que sou um objeto na sua instante memória
de infância infame, no buraco recalcado
do seu vexame de bater uma punheta
enquanto na cozinha a sua mãe com as mãos molhadas
das batatas que serão servidas para o jantar
respondo com muito ar de propriedade
que minhas gavetas de escritório
são pautadas
com as linhas tortas
abandonadas
por Deus
que me pague
a identidade
de não saber quem sou
deitada olhando pro teto
em uma cama de amônia
que me da caráter e cheiro
de uma verdade além de ternos e gravatas
O suicídio é sucinto
e breve como a voracidade
de se entender por gente
ajoelhado na igreja em chamas de pecado
Se me perguntam de mim nessa cidade
digo que sou um objeto na sua instante memória
de infância infame, no buraco recalcado
do seu vexame de bater uma punheta
enquanto na cozinha a sua mãe com as mãos molhadas
das batatas que serão servidas para o jantar
Objetos Obscenos
A Gilete conta histórias
removidas da minha perma
da axila distraída
numa tarde
de consultório
A beleza feminina
um par de pernas
um sorriso
com algum tipo
de personalidade
que anda pela cidade
estridente e infinitamente
paulistana
Os postes de luz
são fálicos e me entediam
ainda mais que os próprios homens
Estico a perna direita para o norte
estico a perna esquerda para o sul
e o que me enfia no meio é muito mais que morte
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Antiques
As peças desse carpete
uma vez já foram vivas
Circulares
como víboras hipnotizadas
de um recalque qualquer
pontuada pela mãe
no meio da segunda infância
Sobe o cheiro desse pó
de ontem e desse hoje
recolhido no meio
de latas de cerveja
vazias de pudor
Recrio a imagem
de saber ter um sonho
além desse sobreviver
a tantos invernos a fio
a frio metódico de facas
laminando a morte
da história semi
romântica dos Salmões
É que vivo morta
em papel de bala
guardanapo ou em tela de TV
Namoro em sonhos
bichos horripilantes
ultramarinos
Meu terapeuta
diz que água
é simbologia sexual
O que eu acho
muito normal
já que
guardo na primeira estante
um vaso muito grande
cheio de conchinas do mar
lembranças do cheiro
ensurdecido das ondas
O tempo
essa areia de um caixote inteiro enfiado na calcinha de banho
uma vez já foram vivas
Circulares
como víboras hipnotizadas
de um recalque qualquer
pontuada pela mãe
no meio da segunda infância
Sobe o cheiro desse pó
de ontem e desse hoje
recolhido no meio
de latas de cerveja
vazias de pudor
Recrio a imagem
de saber ter um sonho
além desse sobreviver
a tantos invernos a fio
a frio metódico de facas
laminando a morte
da história semi
romântica dos Salmões
É que vivo morta
em papel de bala
guardanapo ou em tela de TV
Namoro em sonhos
bichos horripilantes
ultramarinos
Meu terapeuta
diz que água
é simbologia sexual
O que eu acho
muito normal
já que
guardo na primeira estante
um vaso muito grande
cheio de conchinas do mar
lembranças do cheiro
ensurdecido das ondas
O tempo
essa areia de um caixote inteiro enfiado na calcinha de banho
Crânio
Caixa vazada
de músculo e caos
enviando mensagens
subliminares
para os copos solitários
de vinho tinto
Meu corpo endereçado pelos correios
que caminham como os intestinos
as orelhas abelhudas
decodificam as necessidade
fisiológicas do sexo animal
do meu corpo
com os travesseiros
Recrutam-se maridos
para povoar a pélvis
Procura-se destinos
sem currículos vitales
Eu dou um rim
por um porre de Gim
cabeça
ombro
joelho e pé
cabeça
cabeça
cabeça
cabeça
.
.
.
.
de músculo e caos
enviando mensagens
subliminares
para os copos solitários
de vinho tinto
Meu corpo endereçado pelos correios
que caminham como os intestinos
as orelhas abelhudas
decodificam as necessidade
fisiológicas do sexo animal
do meu corpo
com os travesseiros
Recrutam-se maridos
para povoar a pélvis
Procura-se destinos
sem currículos vitales
Eu dou um rim
por um porre de Gim
cabeça
ombro
joelho e pé
cabeça
cabeça
cabeça
cabeça
.
.
.
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Aquarela
O olho nu pousa sobre o corpo
da menina que perdeu as roupas
Os lábios enxutos de doce amargo
salutam a memória encoberta de luz
sabor
geléia tarde
de amora
Fotografias paralelas / divino olhar de ponteiros de relógios
Mulher pintada na noite
espalhada a cara no concreto
como chuva no asfalto da hora do rush
Vestida de bolinhas atravessa as linhas brancas procurando de bar em bar o melhor bolo da cidade
Citrica de fumaça e carro
Ela desenha nas unhas um roer de ratos
que antes
borravam
seu vermelho batom
da menina que perdeu as roupas
Os lábios enxutos de doce amargo
salutam a memória encoberta de luz
sabor
geléia tarde
de amora
Fotografias paralelas / divino olhar de ponteiros de relógios
Mulher pintada na noite
espalhada a cara no concreto
como chuva no asfalto da hora do rush
Vestida de bolinhas atravessa as linhas brancas procurando de bar em bar o melhor bolo da cidade
Citrica de fumaça e carro
Ela desenha nas unhas um roer de ratos
que antes
borravam
seu vermelho batom
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Cupido
Da força pedida
do altar o padre comenta
o cometa ali distante
Por força sem Deus
eu deselegante lamento
não ter-te-vos em mim
Não cristo, por deus
dos deuses sou mais Zeus
Afrodite mãe de-te-vos
Cupido esculpindo
na garganta cem mil nós
Crente do que ficou
entre o olho tu e eu
Arre homem,
não vê, tem algo em ti que me quer comer como flor!
do altar o padre comenta
o cometa ali distante
Por força sem Deus
eu deselegante lamento
não ter-te-vos em mim
Não cristo, por deus
dos deuses sou mais Zeus
Afrodite mãe de-te-vos
Cupido esculpindo
na garganta cem mil nós
Crente do que ficou
entre o olho tu e eu
Arre homem,
não vê, tem algo em ti que me quer comer como flor!
quarta-feira, 12 de junho de 2013
O Porteiro
Olhos de Lince rebobinando
as saias que saio
as blusas que entro
Os homens que traio
Os cigarros que acendo
O porteiro de dia sorri
o da noite então gargalha
Eu perco a decência
pagando a conta
apagando a luz
Eu finjo prudência
abrindo o portão
e gritando um Olá
E quando eles dormem
eu envergonhada
aperto a campainha
Eles acenam com a cabeça
e não dizem nada
E é assim o nosso trato
Ele, que de mim quase tudo sabe
-Boa noite meu amigo, bom trabalho e até logo
as saias que saio
as blusas que entro
Os homens que traio
Os cigarros que acendo
O porteiro de dia sorri
o da noite então gargalha
Eu perco a decência
pagando a conta
apagando a luz
Eu finjo prudência
abrindo o portão
e gritando um Olá
E quando eles dormem
eu envergonhada
aperto a campainha
Eles acenam com a cabeça
e não dizem nada
E é assim o nosso trato
Ele, que de mim quase tudo sabe
-Boa noite meu amigo, bom trabalho e até logo
terça-feira, 11 de junho de 2013
Neon
Na mira do olho a luz imensa
do topo do edifício Banespa
Enlouquecer
essa paisagem
é difícil-me no fundo tão fundo
Nação-cidade
sempre hereditária
A via Leste
sempre seguindo
Norte
E eu aqui, sentada sem saber
amanhecer
o meu jogo da sorte
Eu pedaço Paulista
Eu ingenua turista
Em frenesi,
largada aos patos
que se parecem
pombas
A cidade incendia a Fé
Estado-pintado: NEON
do topo do edifício Banespa
Enlouquecer
essa paisagem
é difícil-me no fundo tão fundo
Nação-cidade
sempre hereditária
A via Leste
sempre seguindo
Norte
E eu aqui, sentada sem saber
amanhecer
o meu jogo da sorte
Eu pedaço Paulista
Eu ingenua turista
Em frenesi,
largada aos patos
que se parecem
pombas
A cidade incendia a Fé
Estado-pintado: NEON
segunda-feira, 10 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Bob, his name is Bob
Tem um jogo sinistro
do qual eu pratico
quase que quase
que não desisto
Sonhar que o Coringa é carta
com destinatário para
Senhorita M.
Rua Garapeba, 251
No envelope lambido
a última estrofe
riscada do disco
Lalalá The M. In Me Lalá
do qual eu pratico
quase que quase
que não desisto
Sonhar que o Coringa é carta
com destinatário para
Senhorita M.
Rua Garapeba, 251
No envelope lambido
a última estrofe
riscada do disco
Lalalá The M. In Me Lalá
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Melodramática
Resisto abrir
os livros de receitas
mas se os abro
os como feito dieta
A casa é quem me cozinha
a fogo médio
a fruto brando
Eu me entrego
a devorar-me
os sonhos
de valsa
Hoje é sexta,
e nem a poesia
quer tomar
café comigo
Finjo que sou papiro
e responsabilizo
os ignorantes que não
sabem me assar
Né não,
tem dia que agente dorme
de conchinha
de feijão
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Classificado
Tenho na altura
a cor dos meus cabelos
Na vida, sou equilibrista
de desastres instintos
Em horários comerciais
gosto de me entreter
com coisas do tipo
-Mirar Geladeiras
-Vasculhar entulhos
-Cantar axé no chuveiro
Vida sexual,
esquento a água do chá
na esperança de me transformar
em algum cheiro secreto
e voar invisível pelas frestas
das portas de apartamentos
Procuro um sujeito
não precisa concordar
olhares e beijos
são pra mim
verbos inteiros
Se sabe responder correspondência, peço que me escreva:
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Ser Tão
Polui-me de sujeitos
na corrente de um rio
beirado com a seca
Re-corrente café urbano
o que sei eu sobre o Sertão?
De burros conheço,
tem nome e cheiro
de corrida lambida na crina
De gauches mineiros conheço,
tem pegado como um irmão,
nas minhas linhas, na minha mão
Cantigas antigas,
como trilho de trêm
dentro do caixão
no buraco que não me cabe
dentro do asfalto,
essa cidade não tem chão
Gritam muitos carros
na avenida que me colhe e sabe
Também sei que prato
não é comida em que se cospe.
Tem cara, tem ouvido e
e não tem perdão
Intuitivo Jagunços
da lei
da terra batida
Homem feito
Homem nada
Super feito
com os burros
n´agua
Fez dele ignorante
e transformou-te em verdade
Café urbano,
o que sei eu
desse eco de cidade?
na corrente de um rio
beirado com a seca
Re-corrente café urbano
o que sei eu sobre o Sertão?
De burros conheço,
tem nome e cheiro
de corrida lambida na crina
De gauches mineiros conheço,
tem pegado como um irmão,
nas minhas linhas, na minha mão
Cantigas antigas,
como trilho de trêm
dentro do caixão
no buraco que não me cabe
dentro do asfalto,
essa cidade não tem chão
Gritam muitos carros
na avenida que me colhe e sabe
Também sei que prato
não é comida em que se cospe.
Tem cara, tem ouvido e
e não tem perdão
Intuitivo Jagunços
da lei
da terra batida
Homem feito
Homem nada
Super feito
com os burros
n´agua
Fez dele ignorante
e transformou-te em verdade
Café urbano,
o que sei eu
desse eco de cidade?
domingo, 2 de junho de 2013
Lucky stars in your eyes
Poor of thoughts
It's time
Bang Bang
Discovering blood
Pure Mock
Getting it going
against all odds
It's time
Bang Bang
Discovering blood
Pure Mock
Getting it going
against all odds
Candy
"His heart pounds like a voodoo drum"
Thy was true, me full of madness, distorted darkness
He picked me up out of the pissing floor and hold my hand
He said:
It makes me feel alive to be with someone that feels such deep emotions about everything
and I cried silently with blush and shame
I wrote and I wrote, I guess I never stopped to listen that my beloved was my true poet. He saw a gardens full of green, my body full of dreams. I could see his soul melting under every raging rain.
I choke,when the memory arrives, us running away from my mother's house together, that day my love, you saved my life.
There is no going back, with us it's always a very thin line
Thy is true, my shaking lips knows only to remember you
https://soundcloud.com/marcelathome/candy
sábado, 1 de junho de 2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Subentendida métrica
Cretino fado
de estar sempre de lado
aos teus pés
como se tu
foste eu
encarnado
Corrigido pelo
vento ortográfico
essa pedra calcada
no meu meio sorriso
olhando esse chão
a fio, a nado
Te jurei ser irmã
mesmo amando-te
como parte
tricotada no quente
palpitar esquerdo
desse peito
Anuncio
solitário
que não sei
te escrever,
meu desejo,
se quer um misero
soneto
Te deixo meus olhos
como palavra corrida
da minha mente
ofegante e
por vez entediada
mas encestantemente
por ti apaixonada
de estar sempre de lado
aos teus pés
como se tu
foste eu
encarnado
Corrigido pelo
vento ortográfico
essa pedra calcada
no meu meio sorriso
olhando esse chão
a fio, a nado
Te jurei ser irmã
mesmo amando-te
como parte
tricotada no quente
palpitar esquerdo
desse peito
Anuncio
solitário
que não sei
te escrever,
meu desejo,
se quer um misero
soneto
Te deixo meus olhos
como palavra corrida
da minha mente
ofegante e
por vez entediada
mas encestantemente
por ti apaixonada
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Mia, miaw
Its the blues kicking
and giving me chills
I swear to God
I'm trying honey
to forget your
your lovely eyes
and your body
uhm, so hunky
Baby, I am opened
wide as secrets
of your doubts
if you say no
I will hear
yes, oh yes
Won´t you
come on over
and give
this restless lady
the love making
you so adore,
don´t protest
you know honey
you will
Por uma vida grave
Botas em cima de talos
Suor escorregando
no tablado
A Máscara trágica
não necessária
desse desespero secreto
que seca a lágrima
no topo de montanhas
Alinhadas com o concreto
abrir das cortinas
Espantando
as mãos trêmulas
das retinas
Sacrifiquem os meus dedos
para que Édipo possa ver
que os Oráculos sempre mentem
diante de uma platéia faminta
Medéia decrepita
a rondar cabeças
de Urubus cor verde
Lambendo nacos de ossos
desse ofício patético
que é encenar a morte
plagiada dos atrasos
Eu fico Grave elegendo
o meu próximo
figurino,
afinal
o final também é ato
e não roteiro de mal gosto
do destino
Suor escorregando
no tablado
A Máscara trágica
não necessária
desse desespero secreto
que seca a lágrima
no topo de montanhas
Alinhadas com o concreto
abrir das cortinas
Espantando
as mãos trêmulas
das retinas
Sacrifiquem os meus dedos
para que Édipo possa ver
que os Oráculos sempre mentem
diante de uma platéia faminta
Medéia decrepita
a rondar cabeças
de Urubus cor verde
Lambendo nacos de ossos
desse ofício patético
que é encenar a morte
plagiada dos atrasos
Eu fico Grave elegendo
o meu próximo
figurino,
afinal
o final também é ato
e não roteiro de mal gosto
do destino
terça-feira, 28 de maio de 2013
Pêndulos
Os pássaros atravessam
os relógios barulhentos
de todas as madrugadas
As casas de cartas
viraram os olhos
para dentro de seus tapetes
querendo migrar os naipes
para além de suas almas
O sopro seco do tempo
encostado na navalha
Enrugam os pés de galinha
com o frescor do hortelã
Eu corro para dentro
desse corpo
desse copo
com cheiro de grito
Todo esse tédio de ver
no vento passar estradas
chocadas de óbitos
Ergo a taça
e bebo Cronos
As ampolas
se foram
caçar grãos
de areia
no cronometro
sem templo
usando apenas
conta gotas
cheiro e
o que sobrou
do sentimento
os relógios barulhentos
de todas as madrugadas
As casas de cartas
viraram os olhos
para dentro de seus tapetes
querendo migrar os naipes
para além de suas almas
O sopro seco do tempo
encostado na navalha
Enrugam os pés de galinha
com o frescor do hortelã
Eu corro para dentro
desse corpo
desse copo
com cheiro de grito
Todo esse tédio de ver
no vento passar estradas
chocadas de óbitos
Ergo a taça
e bebo Cronos
As ampolas
se foram
caçar grãos
de areia
no cronometro
sem templo
usando apenas
conta gotas
cheiro e
o que sobrou
do sentimento
segunda-feira, 27 de maio de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
Estalactites
Deitada,
com os olhos
mirando a ponta
afiada desse belo
veneno
na gruta
na moita
Eu ando solitária
a descobrir sonidos
sem dramas
na lama
Eu respiro o meu barro
deliciosamente
rastejado
encubido
nos poros
dos meus olhos
enxames
Satisfação e verdade
sentenciada
nesse mesmo predicado
Ele me mira e vê
a arrebentada
variante torrencial
que existe entre
o corpo e o berro
entre eu, eu vejo
eu veto, respiro
ele feito de mato
no sonho do outro
mais verde e alto
meu ventre no ato
e eles lambuzam-se
dela, aquela
que nunca foi eu
além de marrom
e trago
descalço o sapato
e grito Adeus
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
UnderVelvet
Sometimes I believe
that red lipstick
is the only power
of God that is able
to save me
The black clouds
are missing
my rotting body
during the day
They refuse me
They are begging me
to come back downtown
So they can properly
Spit on me
Obscure:
In cold weathers
such as this
I wish just the same
I tried to stop them
Cars crashing
becoming
red flame and fresh gasoline
Sexual Secrets
in sick societies
are all the tales
written
in the bible
I bet that's why
depressed women
turn into nuns
Nobody told them
it's ok to be a frigid
During my sleep
they convince me
that Jesus is better
than a good old spanking
The cross is the mind
Sobriety doesn't
kiss and tell
Clean minds
make me forget
when I wasn't
a virgin at last
Shots in the dark
reminds me only
that I truly loved
my pink crayons
It was thick enough
to make me bleed
that red lipstick
is the only power
of God that is able
to save me
The black clouds
are missing
my rotting body
during the day
They refuse me
They are begging me
to come back downtown
So they can properly
Spit on me
Obscure:
In cold weathers
such as this
I wish just the same
I tried to stop them
Cars crashing
becoming
red flame and fresh gasoline
Sexual Secrets
in sick societies
are all the tales
written
in the bible
I bet that's why
depressed women
turn into nuns
Nobody told them
it's ok to be a frigid
During my sleep
they convince me
that Jesus is better
than a good old spanking
The cross is the mind
Sobriety doesn't
kiss and tell
Clean minds
make me forget
when I wasn't
a virgin at last
Shots in the dark
reminds me only
that I truly loved
my pink crayons
It was thick enough
to make me bleed
Pay-me-Boy
Dark Hallways
obligates me
to piss on the floor
jut for the sake
of the humiliation
of proving myself
Oddly enough
fresh Ammonia
makes me calmer
than a camomile tea
Nothing like the smell of true sadness
Hey, Playboy, how did you think that the bottom of the tunnel smelt like?
obligates me
to piss on the floor
jut for the sake
of the humiliation
of proving myself
Oddly enough
fresh Ammonia
makes me calmer
than a camomile tea
Nothing like the smell of true sadness
Hey, Playboy, how did you think that the bottom of the tunnel smelt like?
terça-feira, 21 de maio de 2013
Sweet, Sweetie
Most of the time
I am a genuine bitch!
Burning and Blinking
the lashes of my eye
as if my pussie
was a sort of paradise
In Private
I call it
cunt
It tricks me to convince my ego
To suit some slutty underwear
Language:
what a nice way to call de devious dirty lying tongue
Hey Babe, I bet you
to walk on mirrors
without sinking
You can Flash me at night
Undercover,
I can be pretty sweet
Sweet like
thunder
feeling nothing
but pain under
I am a genuine bitch!
Burning and Blinking
the lashes of my eye
as if my pussie
was a sort of paradise
In Private
I call it
cunt
It tricks me to convince my ego
To suit some slutty underwear
Language:
what a nice way to call de devious dirty lying tongue
Hey Babe, I bet you
to walk on mirrors
without sinking
You can Flash me at night
Undercover,
I can be pretty sweet
Sweet like
thunder
feeling nothing
but pain under
Eu sou apenas um peixe, mas que fuma e ri, que ri e detesta
Me
like a fish
in a forest
laughing
cigarettes
smoke
like a bitter
oak
symphony
like a fish
in a forest
laughing
cigarettes
smoke
like a bitter
oak
symphony
sexta-feira, 17 de maio de 2013
O pulso ainda Pulsa
Transgenêro raquítico
das intranquilas
ideias de sucumbir
ao tédio, seleto, ímpeto
Tragado todo o desespero
recebo suas cartas tardias
com comentários críticos
abomináveis sobre
as linhas do meu corpo
Instante em que você
me deu a cama e farejou
Georges Bataille no armário
abarrotado de vergonha
Celebra seus 25 anos
na espera de si mesmo
Não te entrego telegrama,
sono, nem cana
Te falo por lembrança
que tu, meu bem
ainda me ama
das intranquilas
ideias de sucumbir
ao tédio, seleto, ímpeto
Tragado todo o desespero
recebo suas cartas tardias
com comentários críticos
abomináveis sobre
as linhas do meu corpo
Instante em que você
me deu a cama e farejou
Georges Bataille no armário
abarrotado de vergonha
Celebra seus 25 anos
na espera de si mesmo
Não te entrego telegrama,
sono, nem cana
Te falo por lembrança
que tu, meu bem
ainda me ama
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Sopro
Te fizeram amarelo
sorriso encadeado
Meus dentes
de martelo
Adereço o meu processo
adiante da linha
do horizonte
Querendo no zen
um trêm alheio
ao descaso
do barulho
Refletir porém
nas maçãs rosadas
de tanto tomar
quietudes incendiarias
no meu chá diário
Creio que vi,
suspenso silêncio
sua língua sorrir
amando pra mim
sorriso encadeado
Meus dentes
de martelo
Adereço o meu processo
adiante da linha
do horizonte
Querendo no zen
um trêm alheio
ao descaso
do barulho
Refletir porém
nas maçãs rosadas
de tanto tomar
quietudes incendiarias
no meu chá diário
Creio que vi,
suspenso silêncio
sua língua sorrir
amando pra mim
quarta-feira, 15 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Tem dias que são mães
Tentáculos me mordam
A Eureca gritou no intimo
desaforo do útero materno.
Temporona nasce torta
e nem amora desamarga
Tem sempre
filho que adoece
pela doença
de uma família inteira
Parece que nascer
é desvirginar o
próprio canto
A Eureca gritou no intimo
desaforo do útero materno.
Temporona nasce torta
e nem amora desamarga
Tem sempre
filho que adoece
pela doença
de uma família inteira
Parece que nascer
é desvirginar o
próprio canto
domingo, 5 de maio de 2013
sábado, 4 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
quinta-feira, 2 de maio de 2013
quarta-feira, 1 de maio de 2013
O sonho não acabou
Paredes encostam
Uma janela sorri
na travessia
composta
composta
de re(s)tos
de comida
de comida
Na garganta entrasgada
amargura docente
Estragou algo
enfi
m
m
Circulam nas veias
alguns vermes
fa
mintos.
fa
mintos.
eles Lêe
m
m
a minha historia
contada por versos
em carr
eiras,
beiras
eiras,
beiras
Uma janela sorri
enquanto atento
as pernas de volta
pra cama
Deixa a cuíca chorar
Meu corpo na cama
pensando enredo
pro nosso samba
Paparapapá
minha gente
o que que há?
Eu vi sim,
sim Sinhô
nós dois apaixonados
nas cartas de tarô
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Elevador
O lugar mais perigoso do mundo é deitado na cama
Eu odeio as manhãs
de uma semana inteira
Apertar um botão
para poder andar
Descer lances
de escadas abafadas
Sair dos lençóis,
tudo isso, nada daquilo
Encarar o espelho
que me avisa o horário
que sempre se encontra
no mesmo andar
A mochila, o cochilo
O bocejo e a vizinha
Tédio adaptado
no som da caixa
que sobe
que desce
Encaro-me na
saída prateada
revejo o que vejo
dois ou mais meses
Coloco os pontos nos is
e compareço nas ruas
batendo o cartão
com a minha bota escura
Sem amar-me-te
Me farto no café
com a opinião pública
e uma garrafa pet
de água com gás
para não dar azia
É de manhã que lembro: Para viver é preciso pegar o elevador
Eu odeio as manhãs
de uma semana inteira
Apertar um botão
para poder andar
Descer lances
de escadas abafadas
Sair dos lençóis,
tudo isso, nada daquilo
Encarar o espelho
que me avisa o horário
que sempre se encontra
no mesmo andar
A mochila, o cochilo
O bocejo e a vizinha
Tédio adaptado
no som da caixa
que sobe
que desce
Encaro-me na
saída prateada
revejo o que vejo
dois ou mais meses
Coloco os pontos nos is
e compareço nas ruas
batendo o cartão
com a minha bota escura
Sem amar-me-te
Me farto no café
com a opinião pública
e uma garrafa pet
de água com gás
para não dar azia
É de manhã que lembro: Para viver é preciso pegar o elevador
domingo, 28 de abril de 2013
Memoir
Eu saio de mim
em séries
de esquecimentos
entorpecidos
Sou eu, sou ela
e já não sou
mais ninguém
e nessa batida
na cana brava
por sorte
dos desencontros
já morreu
o desencanto
na cama
o meio fio
a lama
eu abro a janela
e vejo o vestido
eu fui feliz sem fotografias
e ainda me lembro que não há nada
como o calor de um despertar
de esquecimentos
entorpecidos
Sou eu, sou ela
e já não sou
mais ninguém
e nessa batida
na cana brava
por sorte
dos desencontros
já morreu
o desencanto
na cama
o meio fio
a lama
eu abro a janela
e vejo o vestido
eu fui feliz sem fotografias
e ainda me lembro que não há nada
como o calor de um despertar
quinta-feira, 25 de abril de 2013
O quadro ao lado
Pendurou-se nas gargantilhas de brilhantes, Me viu passar na plataforma de trem, escondida nos óculos escuros, afogada nas malhas e coturnos. Jogou a tinta primeira e disse: Foges, pra longe de ti!
Te vi entrar no quadro ao lado, eu sei eu mesma pintei a cela e as chaves. O labirinto calculista me trouxa a lógica mas me vetou o sentido. A gargantilha de ouro, na plataforma do metrô e alguém leiloou o nosso quarto, pintado no quadro ao lado.
Eu te avisei, eles sabiam do nosso plano, eles tinham o nosso destino nas linhas dos dedos que pintamos ao tirar os passaportes.
E agora,
Fugir de quem cara pálida?
Te vi entrar no quadro ao lado, eu sei eu mesma pintei a cela e as chaves. O labirinto calculista me trouxa a lógica mas me vetou o sentido. A gargantilha de ouro, na plataforma do metrô e alguém leiloou o nosso quarto, pintado no quadro ao lado.
Eu te avisei, eles sabiam do nosso plano, eles tinham o nosso destino nas linhas dos dedos que pintamos ao tirar os passaportes.
E agora,
Fugir de quem cara pálida?
terça-feira, 23 de abril de 2013
O Pseudo
Pinta de herói
Grito de artista
o mentiroso itinerante
Não é que não é
que acabou por virar
personagem de romance?!
Grito de artista
o mentiroso itinerante
Não é que não é
que acabou por virar
personagem de romance?!
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Passarinho, que som é esse?
É o som da minha cabeça virando buzina
É o som da sua orelha escutando a usina
É o som do Rio
estagnado
embaixo do asfalto
É som
É cem
ou mais
silêncios
É o som da sua orelha escutando a usina
É o som do Rio
estagnado
embaixo do asfalto
É som
É cem
ou mais
silêncios
domingo, 21 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Procuro um gato nesse mundo ca-o
Mais um dia desses vou fugir de casa, e não volto/ vou bater as asas, só vou levar comigo o retrato do meu gato/ companheiro dessa minha melancolia, oh/ e você me pede pra ter paciência e juízo/ mas o que eu gosto eh de andar na beira do abismo, do abismo/ arriscando a minha vida por um pouco de emo-cão
Se esfregue nu Rio
Mês-Maiô-Cor-de-Calcinha
eu vou pro riacho
me molhar a coragem
de espairecer a virgindade
na saudade de um quarto
emimemtiensimesmado
na saudade de um quarto
emimemtiensimesmado
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Reforma Agrária
Invadiu meu
uísque
meias
e
telas
e teve a pachorra de me dizer
que
só
sabe
conversar
com
indiretas
quinta-feira, 18 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Titanic, ensina-me a viver
Meu pai sempre dizia
-sente a maresia!
ai ce vai la,
fecha os olhos,
the answer my friend
is blowing with the wind
e pá
-Iceberg!Iceberg!
Quando você
vê
já ta
com apitinho na boca
na merda de um barco inflável
no meio do oceano Atlântico
-sente a maresia!
ai ce vai la,
fecha os olhos,
the answer my friend
is blowing with the wind
e pá
-Iceberg!Iceberg!
Quando você
vê
já ta
com apitinho na boca
na merda de um barco inflável
no meio do oceano Atlântico
domingo, 14 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Batom vermelho borrado no dente
Dei boca na banca
paguei jornal
dei o rosa
de um peitinho
estalo dedo
quebrado
dor de
mindinho
-Lamurio?
-Lamu-ri-ei
de morte eu pouco entendo
mas a vida eh só pretexto
paguei jornal
dei o rosa
de um peitinho
estalo dedo
quebrado
dor de
mindinho
-Lamurio?
-Lamu-ri-ei
de morte eu pouco entendo
mas a vida eh só pretexto
The last time I saw Richard
Ele falou:
se manda!
eu, então,
me mandei
me mandei tomar
o mundo feito coca-cola
se manda!
eu, então,
me mandei
me mandei tomar
o mundo feito coca-cola
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Felicidade sim
A tristeza
não me assombra. : [três pontos]
tenho o dedo
na treva
tenho a pena
no escombro
felicidade sim
,
da medo
da câimbra
não me assombra. : [três pontos]
tenho o dedo
na treva
tenho a pena
no escombro
felicidade sim
,
da medo
da câimbra
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Eu comento
http://www.youtube.com/watch?v=259uK-4OqWA
http://www.youtube.com/watch?v=5YXVMCHG-Nk
don't build your world around, volcanoes will melt you down/ you give me miles
and miles of mountain and all I ask is for the sea
http://www.youtube.com/watch?v=5YXVMCHG-Nk
don't build your world around, volcanoes will melt you down/ you give me miles
and miles of mountain and all I ask is for the sea
quarta-feira, 3 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
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