domingo, 3 de março de 2013

Hoje: o concreto medo de saber amar

para a prima Naninha

Tenho que esticar-me para aprender a sair de mim e entrar em sonhos alheios
Estico-me e repito, para saborear a descoberta solitária de andar cambaleante
nas vésperas, nas noturnas e nas manhãs amargas que você nunca se esquece de me trazer.
Seus amigos me relembram do porque desgosta de todos os meus erros e eu me lembro que fiz todo e o melhor de mim
E choro, ontem e hoje por descobrir-me descoberta na ladeira da preguiça que leva meu corpo desamparado ao brilho eterno de meu lar.
Adeus, A Deus dará a minha alma, apenas contida e remelenta que tu detestas e amas sem simpatizar.
Erros meus são da gramática, erros meus nas chaves trocadas de cada porta sua, erros meus que nem eles sempre são todos meus
Teu trono protegido pelos leões, homens grandes e sagazes suficientemente para desarmar o meu amor-próprio e meu sutiã nas fotos sujas desses mesmos homens que me comeram e cuspiram de volta e me lembro de você rir com eles e desaventurar-se comigo.
Ontem foste amiga, hoje dor palpitante como se tivesse sido amante.
Adeus, A Deus dará minha rotina de hoje em diante novas nuances.
Teus homens te querem rainha prisioneira do castelo e eu te lembro Naninha, humana, que ama, chora, come, sofre e erra como eu.


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