sexta-feira, 4 de abril de 2014
sábado, 29 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
Ode à Anne Sexton
"The abyss, that God spot"
E quer chorar
estrangular
It wants to eat
cada selva brutal
brutal it is
sem penas
cem danos
os dados
Arranca com
cutuques de brasa
it does not care
sucídio
binômio
efeito
It sees, it seeks
that odd look
it only knows
while staring out
of any edge of anything
it is
it isn't not
itreallyreallyis
E quer chorar
estrangular
It wants to eat
cada selva brutal
brutal it is
sem penas
cem danos
os dados
Arranca com
cutuques de brasa
it does not care
sucídio
binômio
efeito
It sees, it seeks
that odd look
it only knows
while staring out
of any edge of anything
it is
it isn't not
itreallyreallyis
quinta-feira, 27 de março de 2014
Larice Clá
A ordem dos fatores
nunca me muda,
Tudo isso:
estratégia
esse de inventar
questões de des
loucamento
para não acabarmos
mortos por uma
Mercedes,
Copacabana nesga de mar
o rato ruivo gargalha
e nós ali na praia
naquela areia
morremos sorrindo
para a
barata
do nosso quarto
secreto
caminho
do insuspeito
a ordem dos fatores: G.H.
nunca me muda,
Tudo isso:
estratégia
esse de inventar
questões de des
loucamento
para não acabarmos
mortos por uma
Mercedes,
Copacabana nesga de mar
o rato ruivo gargalha
e nós ali na praia
naquela areia
morremos sorrindo
para a
barata
do nosso quarto
secreto
caminho
do insuspeito
a ordem dos fatores: G.H.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Envelope amarelo Gema
para Lucas Rehman
Já falei de mim mais do que queria, mais do que devia, mais. É de se perceber que nunca fui muito boa em matemática por questão obsessiva. Mas isso você também já sabe, já devo ter de contado.
Falta-me tu!
Isso não é um grito, isso é um peido.
Quem já me viu gritar sabe a escabrosa diferença.
Li muito,
era meu jeito de me encontrar com o silêncio
se ainda não o seja.
Papo-reto-terapia:
Eu janto Pathos e musico super-ecos,
Por isso os livros:
' Em estantes, em gaiolas, em fogueiras
ou lançá-los pra fora das janelas
talvez isso nos livre de lançarmo-nos'
E não me falta de contar mais nada,
eu não gosto de fazer enredo de vida
- por isso os livros-
acho sempre de mal gosto
é isso que me acomete nas mesas de bar,
fazendo enredo
me embriagando tomando
doses de coragem
gargalhando minhas vergonhas
que tão caro me custam.
Custam caro porque são mentiras.
Tudo que choro, sinto, enrolo, suplico, grito, urro, narro, enrendo-me
é mentira
-por isso os livros-
eu não gosto de fazer enredo de vida
- por isso os livros-
acho sempre de mal gosto
é isso que me acomete nas mesas de bar,
fazendo enredo
me embriagando tomando
doses de coragem
gargalhando minhas vergonhas
que tão caro me custam.
Custam caro porque são mentiras.
Tudo que choro, sinto, enrolo, suplico, grito, urro, narro, enrendo-me
é mentira
-por isso os livros-
E foi escutando por de trás das capas dos livros
que descobri o fenômeno mágico do ouvir,
e o que eu ouvi foi o silêncio.
O que tento dizer é:
aprender as sensações como gaiolas é uma questão de lógica
-por isso os manicômios, aonde também pode-se ler livros, digo, se te comportar como carpas num tanque, então por isso os livros-
Ouvir para mim é:
o silêncio lúdico, a navilouca
das instantes
que me convidavam para escutar um bom proseado.
Falar era o recheio da minha cabeça ou seja, mentiras travessas.
Com personagens, cenário e enredo
Então
menti em querer me meter em ti
já que tu é personagem
por mim muito criado e mal criado
por não me querer no fim da noite sem roupa sem alma sem nada na cama
a sua no caso,
-por isso os livros-
Então
Sei um tico de ti, pois me disseste, e minto que não lembro como também mentiste para mim porque falavas, e falavas sorrindo
você não sabe mentir
mas mente
assim
somos
todos
um nó
.
.
.
.
-por isso os livros-
.
.
.
Sobre o título do e-mail
é coisa interessante.
Li há exatos cinco anos o livro o Lobo da Estepe de Herman Hesse,
[Livro que na época me entediou como só um bom burguês o faz.]
e foi que há dois meses resolvi
mudar de lugar todos os meus livros,
tirei-os do quarto
[que agora tem tintas e essas não mentem]
e coloquei-os na sala
[para esconder a televisão que mente]
, e foi nessa dança da cadeira que caiu
the useless Dada e os Cut ups de Burroughs,
[não vou me alongar].
A questão é: Tem dias que pego o livro, rasgo uma página:
as vezes leio, as vezes não,
meto a página rasgada
dentro de um envelope cor gema
que comprei na Kalunga.
As vezes entrego a carta,
as vezes implanto na bolsa de algum alguém.
[Hoje não quis te ver ,por isso os livros]
mas rasguei a página do livro
e coloquei ele na gema
.
.
.
.
Como uma filósofa
fico aqui inventando conceitos
para essa questão literária dramática das cartas
que querem ser entregues
mas o coração não deixa
já que nem toda carta é correspondida.
-não é cinismo, é fantasia-
Você tem namorada
e eu
eu tenho os livros
[...]
domingo, 23 de março de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
#ócio/oficio
Eu tenho o meu, e você também deve ter e o seu e se não tiver não me interessa, decifrar não é trabalho, mas veja que disse trabalho e não problema [...]
[ócio porque isso que faço, na Grécia antiga, não era ofício. Acho belo os gregos, a sua miscegenação divinas, seus Chaves no barril e suas estátuas que parecem terem escolhidos os pintos para a parte da maestria da obra. Vero, belos pintos.]
NESSE SÉCULO
CÉLULA
CELUL0SE: pronto, achei uma palavra que me agrada, palavra que cai no chão sem fazer alardes, como se fosse Quintana recitando andorinhas enquanto come algodão doce. Tá vendo a necessidade da arte? O parque de diversão é com certeza [beijando os dedos cruzados e botando a mãe no meio] muuuuuuuito mais legal num poema do que na vida real, sejamos francos, ir a paques temáticos é nos certificar que quem era para estar atrás das grades éramos nós e não o macaco.
A pezar que este ofício, no sentido grego mesmo, não me desagrada. Eu adoro bananas!
[ócio porque isso que faço, na Grécia antiga, não era ofício. Acho belo os gregos, a sua miscegenação divinas, seus Chaves no barril e suas estátuas que parecem terem escolhidos os pintos para a parte da maestria da obra. Vero, belos pintos.]
NESSE SÉCULO
CÉLULA
CELUL0SE: pronto, achei uma palavra que me agrada, palavra que cai no chão sem fazer alardes, como se fosse Quintana recitando andorinhas enquanto come algodão doce. Tá vendo a necessidade da arte? O parque de diversão é com certeza [beijando os dedos cruzados e botando a mãe no meio] muuuuuuuito mais legal num poema do que na vida real, sejamos francos, ir a paques temáticos é nos certificar que quem era para estar atrás das grades éramos nós e não o macaco.
A pezar que este ofício, no sentido grego mesmo, não me desagrada. Eu adoro bananas!
segunda-feira, 17 de março de 2014
400 dadinhos e umsó dedo no cu
Ah esses dias que não passam sem penetrar minha epiderme com gritos banais. Sem lembrar que Cristina nunca disse sobre o suicídio e mesmo assim se lançou inteira para dentro do tinteiro. E as correspondências é que me fazem poeta, o resto é poetaria e olha que infortúnio destino, nasci sem pica grossa. Me falam de meus culhões e por isso minha anatomia de confundi e faz-me roncar apartamento afora. Quem há de ver-me mulher se nem mesmo eu me toco, na parte ceda, no palpite apaixonado do coração. Mind games, trouxe-me azar no amor. Nos espelhos mais epiderme, madeira que se pode lixar. E o berro, de que orgão vem? A Bile negra borrando o meu sexo que para ser exata já sabe do rombo Freudiano pessimista da recuperação do self,
prosa poética e exata como a mosca que flexei:
prosa poética e exata como a mosca que flexei:
domingo, 16 de março de 2014
Wild sea money
para Federico Damiano
Las ventanas y sus ojos
estaban cerrados
yo camino por las
calles
calladas
calladamente
laborales
encuentro nuestra habitación,
en un acto completamente mágico
y abstracto
[el bar rojo no encienda más
ninguna alma]
[...]
Sola me encuentro
encendida pela noche
que también me calla
las llaves
se quedan
A bajo de su cuerpo
Te quiero ayer
como un niño
Me quedo equivocada
en su ciudad
las luces
se quedan
equivocadas también
No hay camino
la casa está cerrada
muerta
acá nadie
habla
En el final
cuando no se puede más
la solitud
ver el sol
me recuerdo: It takes two to tango
[un auto enojado
amanece
y yo,
con el café en las manos]
[...]
Las ventanas y sus ojos
estaban cerrados
yo camino por las
calles
calladas
calladamente
laborales
encuentro nuestra habitación,
en un acto completamente mágico
y abstracto
[el bar rojo no encienda más
ninguna alma]
[...]
Sola me encuentro
encendida pela noche
que también me calla
las llaves
se quedan
A bajo de su cuerpo
Te quiero ayer
como un niño
Me quedo equivocada
en su ciudad
las luces
se quedan
equivocadas también
No hay camino
la casa está cerrada
muerta
acá nadie
habla
En el final
cuando no se puede más
la solitud
ver el sol
me recuerdo: It takes two to tango
[un auto enojado
amanece
y yo,
con el café en las manos]
[...]
segunda-feira, 10 de março de 2014
sábado, 8 de março de 2014
A vida é bela
O prato rebolou
na minha mão
direita
Num movimento
ninja salvei
com a mão
esquerda
o prato dos cacos.
& a primeira coisa que me passou
a cabeça foi:
Se o prato tivesse caído: Que merda de vida!
Viu? A vida é bela
na minha mão
direita
Num movimento
ninja salvei
com a mão
esquerda
o prato dos cacos.
& a primeira coisa que me passou
a cabeça foi:
Se o prato tivesse caído: Que merda de vida!
Viu? A vida é bela
Carnalesencia
Ao ler me vi
obrigada a
usar, criar
quem sabe
por sorte
rimar
Carnalesencia e Girondo na Caverna de Platão:
pintando com sangue
a pedra a primeira tela
pra ver se rola um
incentivo
de levantar a bundagorda [oinc]
e ir caçar
em vida
aquilo que tão bem
sabemos representar
[cavernatelevisão,
a arte nunca deixou
de ser autônoma]
O homem
pode fazer do espelho
mais que o reflexo
técnicos literários
Somos todos uns bárbaros
e isso meu bem
é coisa humana e não selvagem
nessa nossa
terra urbe
a matilha
tem outro nome:.
[democracia para burguês ver]
.
.
.
COM
JUNTO HABITA
CIONAL
obrigada a
usar, criar
quem sabe
por sorte
rimar
Carnalesencia e Girondo na Caverna de Platão:
pintando com sangue
a pedra a primeira tela
pra ver se rola um
incentivo
de levantar a bundagorda [oinc]
e ir caçar
em vida
aquilo que tão bem
sabemos representar
[cavernatelevisão,
a arte nunca deixou
de ser autônoma]
O homem
pode fazer do espelho
mais que o reflexo
técnicos literários
Somos todos uns bárbaros
e isso meu bem
é coisa humana e não selvagem
nessa nossa
terra urbe
a matilha
tem outro nome:.
[democracia para burguês ver]
.
.
.
COM
JUNTO HABITA
CIONAL
quinta-feira, 6 de março de 2014
Carta à mãe
para os meus irmãos, Fernanda e Eduardo Thomé
Mother, I have a story to tell:.
I have been miserable
with or
without you
There was a misunderstanding
between God and Science
-I guess this trouble was when I
was born-
God trade the fate of names
it was no mistake
but more like a secret of change
Change of time and journeys
not here but within
the Universe
God changed the esthetics
of the glimpses and epiphanies
we all were suppose to have
while looking through
our mother-own-flesh&blood
No
Not this time,
not here
We were born in the age of
wombless humans
such you
you see
no woman
That's all I can know
yet me was left the wonder
of the key and a thousand more
in only seven tears
You see mother,
I've been always like a witch
So there is me
I was given no poison
but only an open soul
Science whispered:
the tiniest witchcrafts
baking cakes
with the soul
of the opening of the eyes
That's why your eyes are made of things
and mine of times and memories
You accuse me of tic-tacing
in front of your doors
for years, oh! so many years
The tic tac you hear is what we call:
To have a heart mother
I have no power over it
neither do you
-My heart pounds like a voodoo drum-
My Dad taught me how giant is the Universe
and the Universe is what I call love
not bigger, not smaller
just
Universe
-
Curiosity is the passion
and the invisible
to me real, the real deal
my friends in the front of the war
It's so obvious now
the violence
born between us
way before your bones
way into my spirit
When I say universe
i do mean it
and I said so many times
and this is the key I can't figure it out,
while bleeding when I decide to come in into our story
I wonder, I deeply wonder [!!!]
Have you ever seen the universe?
[Parque Julieta, Novembro de 2013]
Mother, I have a story to tell:.
I have been miserable
with or
without you
There was a misunderstanding
between God and Science
-I guess this trouble was when I
was born-
God trade the fate of names
it was no mistake
but more like a secret of change
Change of time and journeys
not here but within
the Universe
God changed the esthetics
of the glimpses and epiphanies
we all were suppose to have
while looking through
our mother-own-flesh&blood
No
Not this time,
not here
We were born in the age of
wombless humans
such you
you see
no woman
That's all I can know
yet me was left the wonder
of the key and a thousand more
in only seven tears
You see mother,
I've been always like a witch
So there is me
I was given no poison
but only an open soul
Science whispered:
the tiniest witchcrafts
baking cakes
with the soul
of the opening of the eyes
That's why your eyes are made of things
and mine of times and memories
You accuse me of tic-tacing
in front of your doors
for years, oh! so many years
The tic tac you hear is what we call:
To have a heart mother
I have no power over it
neither do you
-My heart pounds like a voodoo drum-
My Dad taught me how giant is the Universe
and the Universe is what I call love
not bigger, not smaller
just
Universe
-
Curiosity is the passion
and the invisible
to me real, the real deal
my friends in the front of the war
It's so obvious now
the violence
born between us
way before your bones
way into my spirit
When I say universe
i do mean it
and I said so many times
and this is the key I can't figure it out,
while bleeding when I decide to come in into our story
I wonder, I deeply wonder [!!!]
Have you ever seen the universe?
[Parque Julieta, Novembro de 2013]
terça-feira, 4 de março de 2014
P.J:. A subjetividade é unilateral
"Se você não sabe o que são carpas brigando por três bolinhas de manteiga vai ficar difícil explicar aonde exatamente começa o meu mundo" F.B
Smiths: sobrenome comum
põe o disco, eu disse
I feel good, I feel fine
Burroughs?
No kid, you ain't a pill popper
pop me one fow fuck sake
cinco minutos com você
meet me on the cemetery gate
Wilde, I was born to be Wilde
no Kid, you ain't Wild
quem nasceu já piruá
tem relatório escrito
todo-dia-kilo-a-cada-santo-quanto-dia-caga
-Conhece? É um manicômio
-Manicômio não! Casa de repouso!
But did I ever tell you anyway?
I never did like your face
Oh what a terrible mess I made of my life [...]
Deisy, entrou deprimida, prometida a ficar por dois dias
Ninguém fica no-somente-dois-dias
O rango é fino demais para ir assim saindo
caféalmoçolanchecaféjantabolinhocafé
Todo mundo gordinho//Todo mundo saudável
-Manicômio não! Isso aqui é um oasis
I'm not the man you think I am
I'm not the man you think I am
-Como cê veio parar aqui?
[Para que servem os nomes se os nomes são todos comuns]
-É que vi o Samuel Rosa musicar um poema do Gauche na Tevê, ele cantava/dançava segurando um copo de conhaque bar-de-hotel-bem-vindo-a-Miami e você sabe, existe um número específico de coisas que uma mulher pode aguentar.
I don't believe in magic anymore Jeane
e agora Mané?
-
e isso é tudo
e o tudo
é o só com que roupa eu vou
pra carnavalizar
esse tantão de nada.
Tem gente que se veste de coelho
outros tantos de humanos
vem, vem pra jaulinha
que nesse bloco
tem sempre espaço
para mais uma galáxia
[...]
Smiths: sobrenome comum
põe o disco, eu disse
I feel good, I feel fine
Burroughs?
No kid, you ain't a pill popper
pop me one fow fuck sake
cinco minutos com você
meet me on the cemetery gate
Wilde, I was born to be Wilde
no Kid, you ain't Wild
quem nasceu já piruá
tem relatório escrito
todo-dia-kilo-a-cada-santo-quanto-dia-caga
-Conhece? É um manicômio
-Manicômio não! Casa de repouso!
But did I ever tell you anyway?
I never did like your face
Oh what a terrible mess I made of my life [...]
Deisy, entrou deprimida, prometida a ficar por dois dias
Ninguém fica no-somente-dois-dias
O rango é fino demais para ir assim saindo
caféalmoçolanchecaféjantabolinhocafé
Todo mundo gordinho//Todo mundo saudável
-Manicômio não! Isso aqui é um oasis
I'm not the man you think I am
I'm not the man you think I am
-Como cê veio parar aqui?
[Para que servem os nomes se os nomes são todos comuns]
-É que vi o Samuel Rosa musicar um poema do Gauche na Tevê, ele cantava/dançava segurando um copo de conhaque bar-de-hotel-bem-vindo-a-Miami e você sabe, existe um número específico de coisas que uma mulher pode aguentar.
I don't believe in magic anymore Jeane
e agora Mané?
-
e isso é tudo
e o tudo
é o só com que roupa eu vou
pra carnavalizar
esse tantão de nada.
Tem gente que se veste de coelho
outros tantos de humanos
vem, vem pra jaulinha
que nesse bloco
tem sempre espaço
para mais uma galáxia
[...]
Yep, still undateable
para Frances Ha
Buck,
a beterraba só é surda
porque está roxa de vergonha
o desengonço é de raiz
da beterraba, do avestruz
Tudo em famiglia
Ah! Os tuberculosos
sempre com
um cigarrinho no beiço
com medo dos 10 cm de sinal
do moço que quer lascar-lhes um beijo
Apagam o cigarro
e logo
metem-a-cabeça
de volta pra dentro
bem fundo da terra
a sete palmos,
mortinhos
de vergonha
Buck,
a beterraba só é surda
porque está roxa de vergonha
o desengonço é de raiz
da beterraba, do avestruz
Tudo em famiglia
Ah! Os tuberculosos
sempre com
um cigarrinho no beiço
com medo dos 10 cm de sinal
do moço que quer lascar-lhes um beijo
Apagam o cigarro
e logo
metem-a-cabeça
de volta pra dentro
bem fundo da terra
a sete palmos,
mortinhos
de vergonha
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Choravela
Quando choro acho,
acho fielmente
que alguém sabe
que choro
que minha embriaguez
de água e sal
tem sim
objetivo
em si simples
mente
chorar
Chorar
apartamento
apertando botões
fowardrewind
de músicas tristes
a cada segundo
mais altas
Bolero de Ravel
Chorar
achando que é cena
para a minha platéia particular
Chorar
como se fosse hobby
passa-tempo
para perder tempo
ontemhojeamanhã
Tempo ação
corrosiva e modeladora
do universo
Eu não perdi tempo,
aliás,
eu não perdi nada!
É um
tempo-todo-achando-tempo
essa vida naçomorro
tudojuntomisturado
A vida que é platéia
coadjuvante transformadora
do meu-tempo-em-cena
acho fielmente
que alguém sabe
que choro
que minha embriaguez
de água e sal
tem sim
objetivo
em si simples
mente
chorar
Chorar
apartamento
apertando botões
fowardrewind
de músicas tristes
a cada segundo
mais altas
Bolero de Ravel
Chorar
achando que é cena
para a minha platéia particular
Chorar
como se fosse hobby
passa-tempo
para perder tempo
ontemhojeamanhã
Tempo ação
corrosiva e modeladora
do universo
Eu não perdi tempo,
aliás,
eu não perdi nada!
É um
tempo-todo-achando-tempo
essa vida naçomorro
tudojuntomisturado
A vida que é platéia
coadjuvante transformadora
do meu-tempo-em-cena
Eu, leitor
Eu, lambo as páginas
Eu, dedos nos teus buracos
Eu, na luz dos espetáculos
Eu, o cheiro do pó
Eu, escondidas bibliotecas
Eu, soletrar o urro
Eu, Épica divina
Eu, vaca profana
Eu, livro
Eu, livre
Eu, lei
Eu, Thor
Eu, não
Eu, nu
Eu, tum
tum tum
Eu, dedos nos teus buracos
Eu, na luz dos espetáculos
Eu, o cheiro do pó
Eu, escondidas bibliotecas
Eu, soletrar o urro
Eu, Épica divina
Eu, vaca profana
Eu, livro
Eu, livre
Eu, lei
Eu, Thor
Eu, não
Eu, nu
Eu, tum
tum tum
O Raul embebido e submerso na realidade nos doerá para sempre
'Ou até, quem sabe,
O escorregão idiota num dia de sol
A cabeça no meio-fio'
(poeta ímpar,
vou te encontrar
vestida de cetim)
O escorregão idiota num dia de sol
A cabeça no meio-fio'
(poeta ímpar,
vou te encontrar
vestida de cetim)
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
A Disneylândia é aqui ou quem mexeu no meu Padê?
Depois de tanto olhar para a buceta com cara de paisagem eu vi um caminho se construindo, estreito mas sinuoso, sutilmente sinuoso, sutilmente torturado. Cantei baixinho pra ninguém ouvir: Follow the yellow brick road, follow the yellow brick road. Yellow não, Pink! Já quase perto da sacola mágica, Mary Popins, o espelho caiu. Caiu, quebrou, estilhaçou. -Que caralha, buceta! São mais 7 anos de azar.
São tantas vezes gestos naturais
Meio susto/ meio nojo
quando flagro
a fácil intimidade
que o homem tem
com as próprias bolas
quando flagro
a fácil intimidade
que o homem tem
com as próprias bolas
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
O homem de trás do espelho
Chamam
ele
De-Ré
e contam-me
fábulas sobre ele
tipo
que ele é
um herói
marginal
ou
quase isso
Ele pegou
o meu cabelo e disse:
-Gata,
você precisa parar
de se olhar
no espelho
e
raspou o meu cabelo
em menos de uma hora
ou
quase isso
Ele olhou
bem
dentro de mim
e
sorriu
Não tenho
certeza
do que foi
que ele quis
me dizer
mas tenho suspeitado
que foi da força
do silêncio
e
da beleza
das
belezas-que-não-refletem-se
ou
quase isso
Quando terminou
um amigo nos disse
que pareciamos irmãos
e eu pensei
ou
quase isso
ele
De-Ré
e contam-me
fábulas sobre ele
tipo
que ele é
um herói
marginal
ou
quase isso
Ele pegou
o meu cabelo e disse:
-Gata,
você precisa parar
de se olhar
no espelho
e
raspou o meu cabelo
em menos de uma hora
ou
quase isso
Ele olhou
bem
dentro de mim
e
sorriu
Não tenho
certeza
do que foi
que ele quis
me dizer
mas tenho suspeitado
que foi da força
do silêncio
e
da beleza
das
belezas-que-não-refletem-se
ou
quase isso
Quando terminou
um amigo nos disse
que pareciamos irmãos
e eu pensei
ou
quase isso
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Se isso fosse um postal:
Bananas are my new thing.
O fálico poder do potássio;
coisas dessa frígida,
quer dizer,
frígida não,
sexualmente inapropriada:
do verbo apropriar-se.
Sobre minha vida
só cotidianos
O fálico poder do potássio;
coisas dessa frígida,
quer dizer,
frígida não,
sexualmente inapropriada:
do verbo apropriar-se.
Sobre minha vida
só cotidianos
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
Narrazão
XI.
O poeta me envia cartas suicidas. Marina beija meus seios. Todos não esperam nada, nada de mim, com olhos famintos. Because, because..."Hello, Hello, Hello, How low". Eu me ocupo de aceitar que não possuo palavras de sobra, estou sóbria..."I feel stupid and contagious". Carregada de tensão na parte interior da cabeça. Eu falo: Poeta, grita essa porra alto! "Here we are entertain us"
O poeta me envia cartas suicidas. Marina beija meus seios. Todos não esperam nada, nada de mim, com olhos famintos. Because, because..."Hello, Hello, Hello, How low". Eu me ocupo de aceitar que não possuo palavras de sobra, estou sóbria..."I feel stupid and contagious". Carregada de tensão na parte interior da cabeça. Eu falo: Poeta, grita essa porra alto! "Here we are entertain us"
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Nar ra zão
V.
Abriu a porta do carro e fitou a casa imensamente. Deu vontade de cagar, coco exprimido. Assim saia a sua angústia.
Abriu a porta do carro e fitou a casa imensamente. Deu vontade de cagar, coco exprimido. Assim saia a sua angústia.
domingo, 5 de janeiro de 2014
sábado, 4 de janeiro de 2014
Éfeito
V.
De calcinha amarela
deito na cama
Estendida/Arregaçada
semi-nu
das minhas vergonhas
-Eu só faço sexo
com entranhas-
De calcinha amarela
deito na cama
Estendida/Arregaçada
semi-nu
das minhas vergonhas
-Eu só faço sexo
com entranhas-
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Pains et Circenses
Eu, gritando com as mãos cardíacas
enquanto o poeta pede delicadamente para peidar
enquanto o poeta pede delicadamente para peidar
Culatra
I.
A arma tem
A galinha tem
O Baixo Augusta também tem
Bang
Big
Bang
Cowboy
de tiro à culatra
da culta
do contra
&
dos Bispos em seus vies
A arma tem
A galinha tem
O Baixo Augusta também tem
Bang
Big
Bang
Cowboy
de tiro à culatra
da culta
do contra
&
dos Bispos em seus vies
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Carta à irmã
Nós do outro sexo, do sexto sexo -Ana cê-
-Amo
como um Jegue,
potrinho mal acolhido
Desengonçado
rindo alto para tudo
aquilo que ninguém achou graça
Jegue que gruni
quando quer dizer
isso aqui
bem aqui
que eu tô tentando dizer
Tem algo que me alaga
de ternura e imensidão
quando um outro,
outro ser
(você, irmã!)
me lambe as feridas e
me olha como quem diz:
Viu! A dor passa, o amor não [...]
-Amo
como um Jegue,
potrinho mal acolhido
Desengonçado
rindo alto para tudo
aquilo que ninguém achou graça
Jegue que gruni
quando quer dizer
isso aqui
bem aqui
que eu tô tentando dizer
Tem algo que me alaga
de ternura e imensidão
quando um outro,
outro ser
(você, irmã!)
me lambe as feridas e
me olha como quem diz:
Viu! A dor passa, o amor não [...]
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